sexta-feira, 9 de setembro de 2016

REPORTAGEM


LÍNGUA PORTUGUESA: Aulas de produção textual com auxílio de netbooks.

          Uma aula diferente foi realizada hoje, dia 09/09/2016, na Escola Estadual de Ensino Médio 9 de Maio, localizada na cidade de Imbé. Alunos do 2º ano, do Ensino Médio Politécnico, turmas 21, 23 e 23A, produziram reportagens com o apoio dos netbooks da escola, sobre a VIII MOSTRA DE CINEMA, que aconteceu no dia 27/08/2016, exibindo vários curtas metragens feitos pelos alunos dos terceiros anos (turmas 31, 32, 32A, 33 e 33A), tendo como mentor desse projeto, o professor de Língua Inglesa: Clever Bielefeld.
          Nessa aula, de produção textual, os alunos além de mostrarem o domínio da escrita e da linguagem culta, tiveram que mostrar também, o conhecimento do gênero notícia e das normas da ABNT.
            Durante o desenvolvimento dessa atividade, alguns alunos relataram ter achado interessante, diferente, mais econômico e mais prazeroso, realizar produções nos netbooks. Pois os textos não foram impressos quando finalizadas, mas sim, salvos no pen drive da professora orientadora da atividade: professora de Língua Portuguesa - Carmem Lúcia Neubert Schorr.



Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas

Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas
Na relação que estabelecem com o termo que caracterizam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou especificam o sentido do termo a que se referem, individualizando-o. Nessas orações não há marcação de pausa, sendo chamadas subordinadas adjetivas restritivas. Existem também orações que realçam um detalhe ou amplificam dados sobre o antecedente, que já se encontra suficientemente definido, as quais denominam-se subordinadas adjetivas explicativas.
Exemplo 1:
Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um homem que passava naquele momento.
                                                                                                                 Oração Subordinada Adjetiva Restritiva
Nesse período, observe que a oração em destaque restringe e particulariza o sentido da palavra "homem": trata-se de um homem específico, único. A oração limita o universo de homens, isto é, não se refere a todos os homens, mas sim àquele que estava passando naquele momento.
Exemplo 2:

O homem, que se considera racional, muitas vezes age animalescamente.
                  Oração Subordinada Adjetiva Explicativa
Nesse período, a oração em destaque   não tem sentido restritivo em relação à palavra "homem": na verdade, essa oração apenas explicita uma ideia que já sabemos estar contida no conceito de "homem".
Saiba que:
   A oração subordinada adjetiva explicativa é separada da oração principal por uma pausa, que, na escrita, é representada pela vírgula. É comum, por isso, que a pontuação seja indicada como forma de diferenciar as orações explicativas das restritivas: de fato, as explicativas vêm sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, não.
Obs.: ao redigir um período escrito por outrem, é necessário levar em conta as diferenças de significado que as orações restritivas e as explicativas implicam. Em muitos casos, a oração subordinada adjetiva será explicativa ou restritiva de acordo com o que se pretende dizer.
Exemplo 1:
Mandei um telegrama para meu irmão que mora em Roma.
No período acima, podemos afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem, no mínimo, dois irmãos, um que mora em Roma e um que mora em outro lugar. A palavra "irmão", no caso, precisa ter seu sentido limitado, ou seja, é preciso restringir seu universo. Para isso, usa-se uma oração subordinada adjetiva restritiva. 
Exemplo 2:
Mandei um telegrama para meu irmão, que mora em Roma.
Nesse período, é possível afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem apenas um irmão, o qual mora em Roma. A informação de que o irmão more em Roma não é uma particularidade, ou seja, não é um elemento identificador, diferenciador, e sim um detalhe que se quer realçar.
Observações:
As orações subordinadas adjetivas podem:
a) Vir coordenadas entre si;
Por Exemplo:
É uma realidade que degrada e assusta a sociedade.
e = conjunção
b) Ter um pronome como antecedente.
Por Exemplo:
Não sei o que vou almoçar.
o = antecedente
que vou almoçar = Oração Subordinada Adjetiva Restritiva


ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS
Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui valor e função de adjetivo, ou seja, que a ele equivale. As orações vêm introduzidas por pronome relativo e exercem a função de adjunto adnominal do antecedente. Observe o exemplo:
Esta foi uma redação            bem-sucedida.
            Substantivo           Adjetivo (Adjunto Adnominal)
Note que o substantivo redação foi caracterizado pelo adjetivo bem-sucedida. Nesse caso, é possível formarmos outra construção, a qual exerce exatamente o mesmo papel. Veja:
Esta foi uma redação              que fez sucesso.
   Oração Principal                Oração Subordinada Adjetiva
                Perceba que a conexão entre a oração subordinada adjetiva e o termo da oração principal que ela modifica é feita pelo pronome relativo que. Além de conectar (ou relacionar) duas orações, o pronome relativo desempenha uma função sintática na oração subordinada: ocupa o papel que seria exercido pelo termo que o antecede.
Obs.: para que dois períodos se unam num período composto, altera-se o modo verbal da segunda oração.
Atenção:
Vale lembrar um recurso didático para reconhecer o pronome relativo que: ele sempre pode ser substituído por:
o qual - a qual - os quais -as quais
Por Exemplo:
Refiro-me ao aluno que é estudioso.
Essa oração é equivalente a:
Refiro-me ao aluno o qual estuda.
Forma das Orações Subordinadas Adjetivas
Quando são introduzidas por um pronome relativo e apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvidas. Além delas, existem as orações subordinadas adjetivas reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo (podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio).
Por Exemplo:
Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.
No primeiro período, há uma oração subordinada adjetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome relativo "que" e apresenta verbo conjugado no pretérito perfeito do indicativo. No segundo, há uma oração subordinada adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome relativo e seu verbo está no infinitivo.


CRASE - REGRAS

CRASE (REGRAS)
Conceito: é a fusão de duas vogais da mesma natureza. No português assinalamos a crase com o acento grave (`). Observe:
 Obedecemos ao regulamento.
                  ( a + o )
Não há crase, pois o encontro ocorreu entre duas vogais diferentes. Mas:
 Obedecemos à norma.
                ( a + a )
Há crase pois temos a união de duas vogais iguais ( a + a = à )

Regra Geral:
Haverá crase sempre que:
I.                   o termo antecedente exija a preposição a;
II.                 o termo consequente aceite o artigo a.

Fui à cidade.
( a + a = preposição + artigo )
( substantivo feminino )

Conheço a cidade.
( verbo transitivo direto – não exige preposição )
( artigo )
( substantivo feminino )

Vou a Brasília.
( verbo que exige preposição a )
( preposição )
( palavra que não aceita artigo )

Observação:
Para saber se uma palavra aceita ou não o artigo, basta usar o seguinte artifício:
I.  se pudermos empregar a combinação da antes da palavra, é sinal de que ela aceita o artigo
II. se pudermos empregar apenas a preposição de, é sinal de que não aceita.

Ex.:   Vim da Bahia. (aceita)
         Vim de Brasília (não aceita)
         Vim da Itália. (aceita)
         Vim de Roma. (não aceita)

Nunca ocorre crase:

1) Antes de masculino.
Caminhava a passo lento.
           (preposição)

2) Antes de verbo.
Estou disposto a falar.
                  (preposição)

3) Antes de pronomes em geral.
Eu me referi a esta menina.
(preposição e pronome demonstrativo)

Eu falei a ela.
(preposição e pronome pessoal)

4) Antes de pronomes de tratamento.
Dirijo-me a Vossa Senhoria.
(preposição)

Observações:
 1. Há três pronomes de tratamento que aceitam o artigo e, obviamente, a crase: senhora, senhorita e dona.
Dirijo-me à senhora.

2. Haverá crase antes dos pronomes que aceitarem o artigo, tais como: mesma, própria...
Eu me referi à mesma pessoa.

5) Com as expressões formadas de palavras repetidas.
Venceu de ponta a ponta.
                    (preposição)

Observação:
É fácil demonstrar que entre expressões desse tipo ocorre apenas a preposição:
Caminhavam passo a passo.
                        (preposição)

No caso, se ocorresse o artigo, deveria ser o artigo o e teríamos o seguinte: Caminhavam passo ao passo – o que não ocorre.

6) Antes dos nomes de cidade.
Cheguei a Curitiba.
      (preposição)

Observação:
Se o nome da cidade vier determinado por algum adjunto adnominal, ocorrerá a crase.
Cheguei à Curitiba dos pinheirais.
                          (adjunto adnominal)

7) Quando um a (sem o s de plural) vem antes de um nome plural.
Falei a pessoas estranhas.
 (preposição)

Observação:
Se o mesmo a vier seguido de s haverá crase.
Falei às pessoas estranhas.
(a + as = preposição + artigo)

Sempre ocorre crase:

1) Na indicação pontual do número de horas.
Às duas horas chegamos.
(a + as)

Para comprovar que, nesse caso, ocorre preposição + artigo, basta confrontar com uma expressão masculina correlata.
Ao meio-dia chegamos.
(a + o)

2) Com a expressão à moda de e à maneira de.
A crase ocorrerá obrigatoriamente mesmo que parte da expressão (moda de) venha implícita.
Escreve à (moda de) Alencar.

3) Nas expressões adverbiais femininas.
Expressões adverbiais femininas são aquelas que se referem a verbos, exprimindo circunstâncias de tempo, de lugar, de modo...
Chegaram à noite.
(expressão adverbial feminina de tempo)

Caminhava às pressas.
(expressão adverbial feminina de modo)

Ando à procura de meus livros.
(expressão adverbial feminina de fim)

Observações:
No caso das expressões adverbiais femininas, muitas vezes empregamos o acento indicatório de crase (`), sem que tenha havido a fusão de dois as. É que a tradição e o uso do idioma se impuseram de tal sorte que, ainda quando não haja razão suficiente, empregamos o acento de crase em tais ocasiões.

4) Uso facultativo da crase
Antes de nomes próprios de pessoas femininos e antes de pronomes possessivos femininos, pode ou não ocorrer a crase.
Ex.:      Falei à Maria.
      (preposição + artigo)

         Falei à sua classe.
      (preposição + artigo)

         Falei a Maria.
      (preposição sem artigo)

         Falei a sua classe.
      (preposição sem artigo)

Note que os nomes próprios de pessoa femininos e os pronomes possessivos femininos aceitam ou não o artigo antes de si. Por isso mesmo é que pode ocorrer a crase ou não.

Casos especiais:

1) Crase antes de casa.
A palavra casa, no sentido de lar, residência própria da pessoa, se não vier determinada por um adjunto adnominal não aceita o artigo, portanto não ocorre a crase.
Por outro lado, se vier determinada por um adjunto adnominal, aceita o artigo e ocorre a crase. Ex.:
Volte a casa cedo.
(preposição sem artigo)

Volte à casa dos seus pais.
(preposição sem artigo)
(adjunto adnominal)

2) Crase antes de terra.
A palavra terra, no sentido de chão firme, tomada em oposição a mar ou ar, se não vier determinada, não aceita o artigo e não ocorre a crase. Ex.:
Já chegaram a terra.
(preposição sem artigo)

Se, entretanto, vier determinada, aceita o artigo e ocorre a crase. Ex.:
Já chegaram à terra dos antepassados.
(preposição + artigo)
(adjunto adnominal)

3) Crase antes dos pronomes relativos.
Antes dos pronomes relativos quem cujo não ocorre crase. Ex.:
Achei a pessoa a quem procuravas.
Compreendo a situação a cuja gravidade você se referiu.

Antes dos relativos qual ou quais ocorrerá crase se o masculino correspondente for ao qual, aos quais. Ex.:
Esta é a festa à qual me referi.
Este é o filme ao qual me referi.
Estas são as festas às quais me referi.
Estes são os filmes aos quais me referi.

4) Crase com os pronomes demonstrativos aquele (s), aquela (s), aquilo.
Sempre que o termo antecedente exigir a preposição a e vier seguido dos pronomes demonstrativos: aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo, haverá crase. Ex.:
Falei àquele amigo.
Dirijo-me àquela cidade.
Aspiro a isto e àquilo.
Fez referência àquelas situações.

5) Crase depois da preposição até.
Se a preposição até vier seguida de um nome feminino, poderá ou não ocorrer a crase. Isto porque essa preposição pode ser empregada sozinha (até) ou em locução com a preposição a (até a). Ex.:
Chegou até à muralha.
(locução prepositiva = até a)
(artigo = a)

Chegou até a muralha.
(preposição sozinha = até)
(artigo = a)

6) Crase antes do que.
Em geral, não ocorre crase antes do que. Ex.: Esta é a cena a que me referi.
Pode, entretanto, ocorrer antes do que uma crase da preposição a com o pronome demonstrativo (equivalente a aquela).
Para empregar corretamente a crase antes do que convém pautar-se pelo seguinte artifício:
I.                   se, com antecedente masculino, ocorrer ao que / aos que, com o feminino ocorrerá crase;
Ex.:      Houve um palpite anterior ao que você deu.
                                      ( a + o )
         Houve uma sugestão anterior à que você deu.
                                      ( a + a )

II.                 se, com antecedente masculino, ocorrer a que, no feminino não ocorrerá crase.
Ex.:      Não gostei do filme a que você se referia.
              (ocorreu a que, não tem artigo)
         Não gostei da peça a que você se referia.
               (ocorreu a que, não tem artigo)

Observação:
O mesmo fenômeno de crase (preposição a + pronome demonstrativo a) que ocorre antes do que, pode ocorrer antes do de. Ex.:
Meu palpite é igual ao de todos.
(a + o = preposição + pronome demonstrativo)

Minha opinião é igual à de todos.
(a + a = preposição + pronome demonstrativo)

7) há / a
Nas expressões indicativas de tempo, é preciso não confundir a grafia do a (preposição) com a grafia do  (verbo haver).
Para evitar enganos, basta lembrar que, nas referidas expressões:
a (preposição) indica tempo futuro (a ser transcorrido);
há (verbo haver) indica tempo passado (já transcorrido). Ex.:
Daqui a pouco terminaremos a aula.
Há pouco recebi o seu recado.