domingo, 26 de abril de 2015

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS (continuação)

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS


c) Objetiva Indireta

     A oração subordinada substantiva objetiva indireta atua como objeto indireto do verbo da oração principal. Vem precedida de preposição.
Por Exemplo:
Meu pai insiste em meu estudo.
                               Objeto Indireto
                              
Meu pai insiste em que eu estude.  (Meu pai insiste nisso)
           Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta
Obs.: em alguns casos, a preposição pode estar elíptica na oração.
Por Exemplo:
Marta não gosta (de) que a chamem de senhora.
                Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta
d) Completiva Nominal

     A oração subordinada substantiva completiva nominal completa um nome que pertence à  oração principal e também vem marcada por preposição.
Por Exemplo:
Sentimos orgulho de seu comportamento.
                                  Complemento Nominal  
                       
Sentimos orgulho de que você se comportou. (Sentimos orgulho disso.)
                     Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal
Lembre-se:
   Observe que as orações  subordinadas substantivas objetivas indiretas integram o sentido de um verbo,enquanto que orações subordinadas substantivas completivas nominais integram o sentido de um nome.Para distinguir uma da outra, é necessário levar em conta o termo complementado. Essa é, aliás, a diferença entre o objeto indireto e o complemento nominal: o primeiro complementa um verbo, o segundo, um nome.

e) Predicativa

   A oração subordinada substantiva predicativa exerce papel de predicativo do sujeito do verbo da oração principal e vem sempre depois do verbo ser.
Por Exemplo:
Nosso desejo era sua desistência.
                            Predicativo do Sujeito
                        
Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso desejo era isso.)
              Oração Subordinada Substantiva Predicativa                            
Obs.: em certos casos, usa-se a preposição expletiva "de" para realce. Veja o exemplo:
A impressão é de que não fui bem na prova.

f) Apositiva

     A oração subordinada substantiva apositiva exerce função de aposto de algum termo da oração principal.
Por Exemplo:
Fernanda tinha um grande sonho: a chegada do dia de seu casamento.
                                                                                        Aposto
(Fernanda tinha um grande sonho: isso.)


Fernanda tinha um grande sonho: que o dia do seu casamento chegasse.
                                Oração Subordinada Substantiva Apositiva
Saiba mais:
   Apesar de a NGB não fazer referência, podem ser incluídas como orações subordinadas substantivas aquelas que funcionam como agente da passiva iniciadas por "de" ou "por" , + pronome indefinido.  Veja os exemplos:
O presente será dado por quem o comprou.
O espetáculo  foi apreciado por quantos o assistiram .

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

     A oração subordinada substantiva tem valor de substantivo e vem introduzida, geralmente, por conjunção integrante (que, se).
Exemplos de Oração Subordinada Substantiva:
Suponho que você foi à biblioteca hoje.Você sabe se o presidente já chegou?
   Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) também introduzem as orações subordinadas substantivas, bem como os advérbios interrogativos (por que, quando, onde, como). Veja os exemplos:
O garoto perguntou qual era o telefone da moça.Não sabemos por que a vizinha se mudou.Classificação das Orações Subordinadas Substantivas
     De acordo com a  função que exerce no período, a oração subordinada substantiva pode ser:a) Subjetiva
É subjetiva quando  exerce a função sintática de sujeito do verbo da oração principal. Observe:
É fundamentalo seu comparecimento à reunião.
Sujeito
É fundamental   /que você compareça à reunião.
Oração PrincipalOração Subordinada Substantiva Subjetiva
Atenção:
Observe que a oração subordinada substantiva pode ser substituída pelo pronome isso". Assim, temos um período simples:
É fundamental isso ou Isso é fundamental.
                                         Sujeito
Dessa forma, a oração correspondente a "isso" exercerá a função de sujeito.

Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração principal:1- Verbos de ligação + predicativo, em construções do tipo:
É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo - É claro - Está evidente - Está comprovado
Por Exemplo:É bom que você compareça à minha festa.2- Expressões na voz passiva, como:
Sabe-se - Soube-se - Conta-se - Diz-se - Comenta-se - É sabido - Foi anunciado - Ficou provado
Por Exemplo:Sabe-se que Aline não gosta de Pedro.3- Verbos como:
convir - cumprir - constar - admirar - importar - ocorrer - acontecer
Por Exemplo:Convém que não se atrase na entrevista.Obs.: quando a oração subordinada substantiva é subjetiva, o verbo da oração principal está sempre na 3ª pessoa do singular.

b) Objetiva Direta

A oração subordinada substantiva objetiva direta exerce função de objeto direto do verbo da oração principal.
Por Exemplo:Todos querem sua aprovação no vestibular. (Objeto Direto)            Todos querem         que você seja aprovado. (Todos querem issoOração Principal     Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta
As orações subordinadas substantivas objetivas diretas desenvolvidas são iniciadas por:1- Conjunções integrantes "que" (às vezes elíptica) e "se":Por Exemplo: A professora verificou se todos alunos estavam presentes.2-  Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas:Por Exemplo: O pessoal queria saber quem era o dono do carro importado.3- Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas:Por Exemplo: Eu não sei por que ela fez isso.

Orações Especiais
Com os verbos deixar, mandar, fazer (chamados auxiliares causativos) e ver, sentir, ouvir, perceber (chamados auxiliares sensitivos) ocorre um tipo interessante de oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo. Observe:
Deixe-me repousar.
Mandei-os sair.
Ouvi-o gritar.
   Nesses casos, as orações destacadas são todas objetivas diretas reduzidas de infinitivo. E, o que é mais interesante, os pronomes oblíquos atuam todos como sujeitos dos infinitivos verbais. Essa é a única situação da língua portuguesa em que um pronome oblíquo pode atuar como sujeito. Para perceber melhor o que ocorre, convém transformar as orações reduzidas em orações desenvolvidas:
Deixe que eu repouse.
Mandei que eles saíssem.
Ouvi que ele gritava.
   Nas orações desenvolvidas, os pronomes oblíquos foram substituídos pelas formas retas correspondentes. É fácil compreender agora que se trata, efetivamente, dos sujeitos das formas verbais das orações subordinadas.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Classificação das Orações Coordenadas Sindéticas


Classificação das Orações Coordenadas Sindéticas

     De acordo com o tipo de conjunção que as introduz, as orações coordenadas sindéticas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas ou explicativas.


a) Aditivas

Expressam ideia de adição, acrescentamento. Normalmente indicam fatos, acontecimentos ou pensamentos dispostos em sequência. As conjunções coordenativas aditivas típicas são "e" e "nem" (= e + não). Introduzem as orações coordenadas sindéticas aditivas.
Por Exemplo:Discutimos várias propostas e analisamos possíveis soluções.

     As orações sindéticas aditivas podem também estar ligadas pelas locuções não só... mas (também), tanto...como, e semelhantes. Essas estruturas costumam ser usadas quando se pretende enfatizar o conteúdo da segunda oração. Veja:Chico Buarque não só canta, mas também (ou como também) compõe muito bem.
Não só provocaram graves problemas, mas (também) abandonaram os projetos de reestruturação social do país.

Obs.: como a conjunção "nem" tem o valor da expressão "e não", condena-se na língua culta a forma "e nem" para introduzir orações aditivas.
Por Exemplo:Não discutimos várias propostas, nem (= e não) analisamos quaisquer soluções.

b) Adversativas
Exprimem fatos ou conceitos que se opõem ao que se declara na oração coordenada anterior, estabelecendo contraste ou compensação. "Mas" é a conjunção adversativa típica. Além dela, empregam-se: porém, contudo, todavia, entretanto e as locuções no entanto, não obstante, nada obstante. Introduzem as orações coordenadas sindéticas adversativas.
Veja os exemplos:"O amor é difícil, mas pode luzir em qualquer ponto da cidade." (Ferreira Gullar)
O país é extremamente rico; o povo, porém, vive em profunda miséria.
Tens razão, contudo controle-se.
Janaína gostava de cantar, todavia não agradava.
O time jogou muito bem, entretanto não conseguiu a vitória.

Saiba que:
- Algumas vezes, a adversidade pode ser introduzida pela conjunção "e". Isso ocorre normalmente em orações coordenadas que possuem sujeitos diferentes.
Por Exemplo:Deus cura, e o médico manda a conta.

Nesse ditado popular, é clara a intenção de se criar um contraste. Observe que equivale a uma frase do tipo: "Quem cura é Deus, mas é o médico quem cobra a conta!"
- A conjunção "mas" pode aparecer com valor aditivo.
Por Exemplo:Camila era uma menina estudiosa, mas principalmente esperta.

c) Alternativas
  Expressam ideia de alternância de fatos ou escolha. Normalmente é usada a conjunção "ou". Além dela, empregam-se também os pares: ora...ora, já...já, quer...quer..., seja...seja, etc. Introduzem as orações coordenadas sindéticas alternativas.
Exemplos:

Diga agora ou cale-se para sempre.
Ora age com calma, ora trata a todos com muita aspereza.
Estarei lá, quer você permita, quer você não permita.

Obs.: nesse último caso, o par "quer...quer" está coordenando entre si duas orações que, na verdade, expressam concessão em relação a "Estarei lá". É como disséssemos: "Embora você não permita, estarei lá".

d) Conclusivas
Exprimem conclusão ou consequência referentes à  oração anterior. As conjunções típicas são: logo, portanto pois (posposto ao verbo). Usa-se ainda:então, assim, por isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso, etc. Introduzem as orações coordenadas sindéticas conclusivas.
Exemplos:

Não tenho dinheiro, portanto não posso pagar.
A situação econômica é delicada; devemos, pois, agir cuidadosamente.
O time venceu, por isso está classificado.
Aquela substância é toxica, logo deve ser manuseada cautelosamente.

e) Explicativas
Indicam uma justificativa ou uma explicação referente ao fato expresso na declaração anterior. As conjunções que merecem destaque são: que, porque pois (obrigatoriamente anteposto ao verbo). Introduzem as orações coordenadas sindéticas explicativas.
Exemplos:

Vou embora,  que cansei de esperá-lo.
Vinícius devia estar cansado, porque estudou o dia inteiro.
Cumprimente-o, pois hoje é o seu aniversário.

Atenção:
Cuidado para não confundir as orações coordenadas explicativas com as subordinadas adverbiais causais. Observe a diferença entre elas:
- Orações Coordenadas Explicativas: caracterizam-se por fornecer um motivo, explicando a oração anterior.
Por Exemplo:A criança devia estar doente, porque chorava muito. (O choro da criança não poderia ser a causa de sua doença.)

- Orações Subordinadas Adverbiais Causais: exprimem a causa do fato.
Por Exemplo:Henrique está triste porque perdeu seu emprego. (A perda do emprego é a causa da tristeza de Henrique.)

Note-se também que há pausa (vírgula, na escrita) entre a oração explicativa e a precedente e que esta é, muitas vezes, imperativa, o que não acontece com a oração adverbial causal.

DICAS DE PRODUÇÃO TEXTUAL


Atividade 4: Descrição de uma cena a partir de uma foto, gravura ou imagem

Figura 1- trabalho escravo

     A foto retrata o rosto de uma figura masculina. Através de suas expressões faciais é possível observar sofrimento, amargura e quem sabe, poucas expectativas de vida. Talvez um indígena, percebido através de sua semelhança fisionômica. É possível observar também, o trabalho braçal em demasia, visto através das mãos calejadas do homem e a imagem devastadora a sua volta. Revelando um cenário de agonia, tristeza e possivelmente de saudades, pelo fato de se encontrar sozinho na imagem. Ou ainda, a possibilidade de uma denúncia de trabalho escravo, pois não se vê índios trabalhando em lavouras ou plantações de cana-de-açúcar. Dedução esta por causa dos exemplares que segura na sua mão direita, assemelhando-se a uma espécie de troféu...

27 DICAS PARA ESCREVER BEM - COM EXEMPLOS

27 DICAS PARA ESCREVER BEM

1 - Vc. deve evitar abrev., etc.

2 - Desnecessário faz-se empregar estilo de escrita demasiadamente rebuscado, segundo deve ser do conhecimento inexorável dos copidesques. Tal prática advém de esmero excessivo que beira o exibicionismo narcisístico.

3 - Anule aliterações altamente abusivas.

4 - "não esqueça das maiúsculas", como já dizia dona loreta, minha professora lá no colégio alexandre de gusmão, no ipiranga.

5 - Evite lugares-comuns assim como o diabo foge da cruz.

6 - O uso de parênteses (mesmo quando for relevante) é desnecessário.

7 - Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão in.

8 - Chute o balde no emprego de gíria, mesmo que sejam maneiras, tá ligado?

9 - Palavras de baixo calão podem transformar seu texto numa porcaria.

10 - Nunca generalize: generalizar, em todas as situações, sempre é um erro.

11 - Evite repetir a mesma palavra, pois essa palavra vai ficar uma palavra repetitiva. A repetição da palavra vai fazer com que a palavra repetida desqualifique o texto onde a palavra se encontra repetida.

12 - Não abuse das citações. Como costuma dizer meu amigo: "Quem cita os outros não tem ideias próprias".

13 - Frases incompletas podem causar.

14 - Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes; isto é, basta mencionar cada argumento uma só vez. Em outras palavras, não fique repetindo a mesma ideia.

15 - Seja mais ou menos específico.

16 - Frases com apenas uma palavra? Jamais!

17 - A voz passiva deve ser evitada.

18 - Use a pontuação corretamente o ponto e a vírgula especialmente será que ninguém sabe mais usar o sinal de interrogação

19 - Quem precisa de perguntas retóricas?

20 - Conforme recomenda a A.G.O.P, nunca use siglas desconhecidas.

21 - Exagerar é cem bilhões de vezes pior do que a moderação.

22 - Evite mesóclises. Repita comigo: "mesóclises: evitá-las-ei!"

23 - Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha.

24 - Não abuse das exclamações! Nunca! Seu texto fica horrível!

25 - Evite frases exageradamente longas, pois estas dificultam a compreensão da ideia contida nelas, e, concomitantemente, por conterem mais de uma ideia central, o que nem sempre torna o seu conteúdo acessível, forçando, desta forma, o pobre leitor a separá-la em seus componentes diversos, de forma a torná-las compreensíveis, o que não deveria ser, afinal de contas, parte do processo da leitura, hábito que devemos estimular através do uso de frases mais curtas.

26 - Cuidado com a hortografia, para não estrupar a língüa portuguêza.

27 - Seja incisivo e coerente, ou não.

DICAS DE PRODUÇÃO TEXTUAL



DICAS DE PRODUÇÃO TEXTUAL


Atividade 1 : 


     Com estas palavras pode-se trabalhar em duplas ou em grupos para que juntos construam um texto utilizando todas estas palavras.Cada grupo ou dupla lê a sua produção.

(e-mail -família-garoto (a)-grampo de cabelo-clips-respeito-porta moeda-bola-perfume-música-lixo).


Atividade 2: bula de remédio

     Imagine que você é um médico competente e foi contratado para criar um remédio capaz de curar uma pessoa que acha que é um lobisomem. Observe várias bulas de remédio. Perceba que todas têm uma estrutura idêntica, isto é, a mesma forma de apresentação. Invente um nome para o seu remédio e crie em sala de aula uma bula.

Atividade 3: Carta Pessoal
 Retomada da comunicação: Alunos do Ensino Médio aprendem a estrutura da carta pessoal e fazem dos envelopes, verdadeiras obras de arte.

Dica: fazer amigo secreto entre os alunos da turma e trocar cartas entre si. Pedir a eles que a linguagem utilizada é a informal, mas deve ter precaução quanto ao uso de gírias. Ensinar a posição do remetente e destinatário no envelope, assim como a colocação do selo. É inacreditável, mas presenciei alunos que nunca escreveram uma carta e nem preencheram um envelope antes.

Comentários dos alunos: "Dá muita mão", "Prefiro a internet, é mais fácil", "Dá pra escrever simplificado?", "Pra que tudo isso?"...

Modificações: esta atividade também pode ser realizada entre turmas de Ensino Fundamental, mas para o Ensino Médio, este ano tentei convencê-los e não deu certo.

domingo, 5 de abril de 2015

Dicas: A Redação Sem Susto

Dicas: A Redação Sem Susto


     Presumindo que você está agora lendo este texto porque procura saber mais sobre a prova de redação do Enem, aqui vão algumas dicas que podem lhe ajudar a perder o medo e sair escrevendo!

Simplicidade 

     Talvez essa seja a dica mais importante. Tentar impressionar a banca escrevendo “difícil” pode ser um tiro pela culatra. Afinal, seu texto pode ficar tão “difícil” a ponto de ser cômico e, como é de praxe, virar piada na internet. Além disso, por se tratar de um exame de avaliação de estudantes do Ensino Médio, os responsáveis pela correção das redações do Enem já imaginam um vocabulário simples, de quem ainda está estudando e que pouco lê. Portanto, lembre-se deste conselho: em se tratando de palavras “difíceis”, menos é mais. 

Começando 

     Por onde começar? Pelo título pode ser um mau caminho. Afinal, para tentar se manter naquilo que o seu título indica, você pode acabar limitando seu texto. Então, comece pelo texto e deixe o título por último. No caso da dissertação-argumentativa do Enem, não se esqueça de adiantar o assunto logo no primeiro parágrafo. 


Se quiser fazer alguma citação, atenção para alguns detalhes: 
- Citar frases ou bordões de novelas, filmes ou programas de entretenimento pode parecer fútil e vazio aos olhos da banca corretora. 
- Prefira frases, declarações ou expressões de personalidades da educação, da literatura ou das artes, que estão mais ligadas ao seu cotidiano estudantil e mostram vínculo cultural. 
- Cuidado na hora de citar esses autores. Se não se lembrar ao certo o que ele (a) disse, prefira uma citação indireta, dizendo com suas palavras a citação em questão (como paráfrase) dando os créditos ao dono da “ideia”. Se lembrar da frase por completo, coloque aspas do início ao fim e também cite o nome do autor, sem mudar sua declaração. 

Língua portuguesa 

     Os corretores do Enem (e de qualquer bom vestibular) são severos neste ponto: não admitem erros de português. A norma culta é indispensável e isto está claro nas instruções da prova do Enem. 


Veja algumas dicas do que deve ser evitado: 
- Não utilize gírias 
    A não ser que esteja absolutamente dentro do contexto (se estiver sendo usada para exemplar a fala dos jovens atualmente, em um texto sobre a adolescência, por exemplo), as gírias não são aconselhadas. 



- Sem coloquialismo 
     A escrita não funciona exatamente do modo como falamos. Portanto, cuidado ao tentar escrever de maneira “simples”, como dito acima, para não exceder na simplicidade. A formalidade deve estar acima do coloquialismo. 

- Nada de versos 

    O texto exigido na prova de Redação do Enem deve ser escrito em prosa. E texto em prosa é todo aquele que não está escrito em versos. Sendo assim, nada de utilizar versos e escrever sua Redação como uma “ode” ou poesia. Isso também está nas instruções da prova. 



- Evite ser prolixo 
   Utilizar mil verbos para dizer algo que poderia ser dito com um ou dois torna a leitura cansativa e prolixa. Mostrar poder de sintaxe, sendo o mais coeso possível, lhe dará pontos no final. Evite também períodos muito longos. 



- Fique longe dos modismos 
   A TV é a grande culpada da disseminação de alguns modismos linguísticos que são errados. Exemplos desses “acidentes” são expressões como “a nível de”, “no sentido de” ou mesmo os gerúndios, como “estar falando”. Essas expressões são consideradas “vazias”, por serem apenas “muletas”, que empobrecem o texto. Utilizá-las pode ser um atestado de reprovação na redação. 



- Cuidado com a letra 
   Sabe aquele caderninho de caligrafia que você tanto odiava? Pois é, ele poderia ser um grande aliado no quesito legibilidade. Como as redações do Enem são escritas à mão (e de caneta, o que torna a escrita mais escorregadia e menos aderente do que com um lápis ou lapiseira), subentende-se que quem vai ler o que você escreveu precisa entender sua letra. Se sua letra é ilegível, a leitura pode tornar-se cansativa e de difícil compreensão, deixando o corretor (que, no mesmo dia, lerá dezenas de redações semelhantes) um pouco irritado. 



- Esqueça o “internetês”! 
     A não ser que, como no caso das gírias, você esteja exemplando a escrita dos jovens na internet, por exemplo, em hipótese alguma, escreva da mesma forma com a qual se comunica pela rede. A língua portuguesa acaba de receber algumas reformas, mas, por enquanto, incorporar abreviações como “pq”, “vc”, ou expressões como “naum” e substituir o acento agudo pelo “h” ou o “o” pelo “u” ainda não está nos planos da Academia Brasileira de Letras. 



- Modere no estrangeirismo 
  Palavras como “ranking” ou “show” foram incorporadas à nossa língua e podem ser usadas tranquilamente. Você precisa ter cuidado é com o exagero de palavras em outros idiomas, elas podem empobrecer sua redação. 

Argumentação 


     É na construção de seus argumentos que o candidato mostra ter ou não conhecimento. Como a dissertação é um gênero opinativo, você terá de apontar argumentos convincentes e que façam sentido. É com a leitura de jornais, revistas e livros que você adquire domínio argumentativo e consegue, ao escrever, “convencer” o leitor, ao menos, de que tem embasamento. 


    A proposta de redação do Enem vem, geralmente, acompanhada de uma coletânea. Essa coletânea pode ser composta de letras de música, declarações, frases, poesias, textos e/ou imagens. Com base nessas informações, você pode começar a construir sua argumentação, mas, não deve limitá-la à coletânea. Isso quer dizer que, além de retomar ideias da coletânea (o que mostra que você leu atentamente o material oferecido), você deve acrescentar informações externas, que sejam de seu conhecimento, adquiridas por meio de leitura. Essa é uma maneira de deixar claro para a banca que você é bem informado (a). 


  E, claro, não fuja do tema. Viajar demais e partir para outros assuntos (tentando mostrar conhecimento) pode acabar lhe prejudicando. 

Treine


   A Redação é, sem dúvida, uma das provas mais importantes de qualquer processo seletivo que se preze. Vestibulares, concursos e outros exames geralmente exigem dos candidatos que redijam textos, de gêneros e temas variados, para, desta forma, selecionar quem conseguiu a vaga em disputa. 



   Então, faça textos semanais, treine a escrita, mantenha a leitura em dia e esteja preparado para a prova de Redação, não só a do Enem. Ler é a melhor forma de aprender a escrever e, ter domínio da escrita lhe ajudará em muitas ocasiões de sua vida profissional ou social, para o resto da vida!

Alguns Exemplos de Temas e Títulos para Dissertação

ALGUNS EXEMPLOS

Dependendo da proposta podemos escolher diversos temas e títulos para o texto. 

Proposta: Família
Título: A ditadura dos filhos

Tema: As famílias sofrem ultimamente com a ditadura dos filhos consumistas que tudo pedem movidos pela onda de consumo propagada pela televisão; e os pais perdidos nas novas tendências educacionais, permitem que os filhos mandem e desmandem na hora de comprar determinado produto.

Proposta: O esporte
Título: Apoio para os menores

Tema: No país do futebol o esporte amador sofre com a falta de patrocínio. A natação, a canoagem, o judô, o atletismo, entre outros responsáveis por muitas medalhas olímpicas, vivem desesperados atrás de um minguado patrocínio, enquanto clubes e atletas profissionais de futebol nadam num mar de dinheiro.

Tanto o título quanto o tema poderiam ser outros, a proposta é muito ampla, permitindo várias opções de escolha. É importante que você seja criativo na escolha do título, não use expressões simplórias.

O TÍTULO E O TEMA NO TEXTO DISSERTATIVO

O TÍTULO E O TEMA NO TEXTO DISSERTATIVO

     É muito comum a confusão que se faz entre título e tema.
Nesta unidade você verá a diferença e importância desses tópicos na produção do texto dissertativo.


Título: é uma vaga referência ao assunto abordado; normalmente é colocado no início do texto.

Tema: é o assunto abordado no texto, a ideia a ser defendida.

O que é dissertação

TEXTO DISSERTATIVO 

     É o tipo de texto que expõe uma tese (ideias gerais sobre um assunto) seguida de um ponto de vista, apoiada em argumentos, dados e fatos que a comprovem.

     “A leitura auxilia o desenvolvimento da escrita, pois lendo o indivíduo tem contato com modelos de textos bem-redigidos que ao longo do tempo farão parte de sua bagagem linguística; e também porque entrará em contato com vários pontos de vista de intelectuais diversos, ampliando, dessa forma, o seu ponto de vista em relação aos assuntos. Como a produção escrita se baseia praticamente na exposição de ideias por meio de palavras, certamente aquele que lê desenvolverá sua habilidade devido ao enriquecimento linguístico adquirido através da leitura de bons autores.”

     No texto acima temos uma ideia defendida pelo autor.

Dissertação: introdução, desenvolvimento e conclusão

Introdução

É o início do texto, contendo o tema a ser desenvolvido, exposto com muita clareza. Envolve o problema a ser analisado. Geralmente pode ser exposto em apenas um parágrafo.
Uma introdução não deve ser muito longa para não desmotivar ou ficar cansativa para o leitor. Se a redação tiver trinta linhas, aconselha-se a que o escritor use de quatro a seis para a parte introdutória.

Deve-se evitar em uma introdução

  • Iniciar uma ideia geral que não transpassa por todo o texto (o uso de ideias totalmente diferentes);
  • Usar chavões;
  • Iniciar a introdução com as mesmas palavras do título;
  • Desviar do assunto principal;
  • Escrever em períodos muito longos;
  • Escrever de forma pessoal, ou seja, usar a 1ª pessoa.

Desenvolvimento

É o corpo do texto, onde se organiza o pensamento. Compõem os argumentos que no caso é o posicionamento adotado. Os argumentos podem se classificar em: argumento de autoridade, argumento por ilustração, argumento do pensamento lógico, argumentação de prova concreta e argumentação de competência linguística.
Argumento por autoridade é a citação de frase ou pensamento de autor do tema em questão. Pode ser uma “faca de dois gumes”, de forma positiva fazendo uma intertextualidade ou negativa se for inadequado ao tema proposto. Argumento por ilustração é o uso de exemplos relativos à realidade. Argumento do pensamento lógico é uma ideia que parte do geral para o particular ou ao contrário do particular para o geral. Argumento de prova concreta é uma prova concreta seja de lei, dados estatísticos, fatos do conhecimento geral, como o reforço da idéia defendida. Argumento da competência linguística é o uso da incorreção gramatical que gera problemas na coerência do texto.
Em uma redação de trinta linhas, o autor deverá destinar de catorze (14) a dezoito (18) linhas para o corpo ou desenvolvimento.

Deve-se evitar em um desenvolvimento

  • Repetições;
  • Escrever pormenorizando;
  • Exemplos extremamente excessivos;
  • Usar de exemplos fracos e fora do contexto.

Conclusão

É a síntese do problema tratado no decorrer do texto, fechamento da redação. Se a redação está planejada para trinta linhas, a parte da conclusão deve ter quatro a seis linhas.
Na conclusão, as ideias tratadas no texto propõem uma solução. O ponto de vista do escritor, apesar de ter aparecido nas outras partes, adquire maior destaque na conclusão.

Deve-se evitar em uma conclusão

  • O principal defeito: não conseguir finalizar;
  • Evitar as expressões “em resumo”, “concluindo”, “terminando”.